segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.
T.B.

domingo, 18 de setembro de 2011

de Martha Medeiros

Conheço uma mulher, já quase cinqüentona, que passou boa parte da sua vida apaixonada pelo primeiro namorado. Eles tiveram um romance caliente lá nos seus 18 anos, depois se separaram e cada um tomou seu rumo. Ele casou e teve filhos, ela casou e teve filhos. Nas raras vezes em que se cruzavam pelas ruas da cidade, cumprimentavam-se, perguntavam como andava a vida de um e de outro, mas nada além disso. A verdade é que ela preservou o sentimento que tinha por ele por muitos anos, mesmo sendo feliz no seu casamento. Era um amor de estimação. Até que esse amor, tão sem ressonância, tão sem retribuição, tão sem aditivos, um dia evaporou. Perdeu o prazo de validade. Expirou.
Dia desses esta mulher recebeu um telefonema. Era ele. Oi, tudo bom? Há quanto tempo? Trivialidades de quem não se fala há anos. Ela perguntou: o que você conta? Ele respondeu que estava ligando para dizer uma única coisa: eu te amo.
Corta. Não teve happy end. Ela agradeceu o telefonema, desligaram e ambos seguiram suas vidas. Conversando com ela sobre isso, senti sua felicidade e desilusão ao mesmo tempo. Felicidade, logicamente, por ter deixado marcas profundas no coração dele: nem em sonhos ela imaginou que ele também tivesse levado esse sentimento tão adiante. E a tristeza veio da falta de ressonância, mais uma vez. Por que a demora? Por que a falta de sincronia? Como teria sido se ele houvesse dito isso alguns anos antes? Agora já não adiantava.
A beleza e a tristeza da vida podem estar em situações como esta: descobrir, tarde demais, que se ama uma pessoa. Pode acontecer até com quem está ao nosso lado neste instante. Parece que é um amor morno e sem graça, e que se acabar, tanto faz, e só daqui a muitos anos descobrir que nada era mais forte e raro do que este sentimento. Tarde demais é uma expressão cruel. Tarde demais é uma hora morta. Tarde demais é longe à beça. Não é lá que devemos deixar florecer nossas descobertas.

domingo, 11 de setembro de 2011

domingo, 17 de julho de 2011

me.

Eu não sou nem de longe a mesma pessoa que era quando tinha meus 15 anos, a idade mágicaa onde as coisas acontecem ( é o que se pensa, doce inocência) . Mas era uma idade tão gostosa, tão simples e tão pura, sem maldades, eu sinto falta!
Com o tempo os problemas foram amadurecendo, e eu junto com eles, também cresci. As responsabilidades aumentaram,
as cobranças pioraram, então teve faculdade, primeiro emprego, primeiro desemprego, primeiras notas baixas e primeiras reprovações.

A vida cobra mais da gente conforme a gente cresce... e pensar que eu sonhava em ser adulta... Ai tem a primeira desilusão amorosa, eu pensei que minha vida tinha acabado, que não havia mais saída... Então eu conheci outras pessoas, muitas outras, e fiz coisas que eu recriminava, e outras que eu achei o maximo,tantas quantas eu me arrependi. Eu passei a andar com outros amigos, um grupo singular, indescritível, com cada um sendo exatamente da sua maneira, e eu sendo exatamente o que eu quiser ser.
De repente, aquela menininha dedicada, responsável, madura até demais, desaparece! E todos se perguntam o que foi que aconteceu, e todos me questionam o porquê as coisas são assim! Ai eu digo: eu não sei, EU-NÃO-SEI, EEEEEEEEEEEU NAAAAAAO SEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI!
Eu não sei exatamente onde foi que as coisas mudaram, nem o porquê, muito menos como. Mas quando eu dei por mim, tudo era o que é!
Tudo que eu sei dizer é que eu não tenho mais planos. Eu posso fazer algumas previsões, e só:
- eu vou terminar a faculdade, e nem tenho idéia do que eu possa ser depois disso, talvez eu passe num concurso. Vou ter um ou alguns namorados, até me casar... ai eu vou ter filhos, de preferência um só. Ai eu vou me divorciar, e continuar tendo um filho, porque isto é pra sempre. E depois quem sabe eu seja como essas mulheres que passam desesperadamente atrás de um grande amor, e se perguntando como as coisas teriam sido se tivesse feito diferente lá, nos seus belos 15 anos, nos conturbados 18. E se eu tivesse insistido mais pra conseguir a pessoa que eu amava? Se eu tivesse dado o melhor de mim nos meus estudos? Se eu tivesse tomado uma atitude diferente ao invés daquela? E se eu tivesse feito me escutarem até entenderem exatamente o que eu queria falar? Se eu não tivesse fumado pela primeira vez? Se eu não tivesse feito tudo tal qual eu fiz?

Eu simplesmente não consigo conviver com a idéia de as coisas não serem mais como elas eram.
Tudo o que eu me pergunto é, aonde foi que EU ME perdi?

sábado, 9 de julho de 2011

Eu vejo no espelho um corpo com algo preso dentro, tentando sair a qualquer custo. Algo que grita! Algo que quer viver em um ano dez anos. Que me faz pensar que eu só tenho aquele minuto pra fazer tudo acontecer.


Esse algo que eu não sei bem o que é, que grita por liberdade, às vezes faz parecer que eu estou vivendo a vida errada.

Sabe o que é você acordar todos os dias sem esperar nada pro dia seguinte, só pro momento? Você vive dia após dia, e parece que não viveu nada do que queria? É bem isto, bem assim...

Não sei mais como explicar!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Algumas coisas que você precisa saber:

- se alguém te deixou quando você mais precisou, é porque você nunca pode contar com esta pessoa.

-se você precisar chorar e relembrar todos os momentos que passou com alguém, para que essa pessoa ceda e fique com você, é porque ela não te ama.

- se uma pessoa sempre tem compromissos quando você quer encontrar com ela, é porque ela realmente não está a fim. Do mesmo jeito que o interessado sempre da um jeito, o desinteressado também dá, e não há tia, vó ou visita que faça o interessado não comparecer.

-os amigos que você realmente pode considerar, são aqueles que não se importam se o programa for olhar filme, o velório da sua tia, ou o show da sua banda preferida.

-só porque alguém é seu ‘melhor amigo’, não quer dizer que você é o único.

-se alguém só sente a sua falta quando não há mais ninguém a recorrer, mande a putaquepariu.

-o mundo inteiro não tem culpa porque as coisas não estão indo como você quer, então não haja como se tivesse.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ja nao cabe em mim mais nenhuma lágrima, mesmo que eu force elas nao caem mais. tudo que o tempo pode curar ele curou, tudo que eu tinha pra aprender eu aprendi, por isto, ja nao sofro mais. a gente se acostuma, com tudo,com a falta, com a saudade, e com a verdade... verdade que só enxergamos quando sentimos a falta.


a dor de saber que nao se poderia contar pra sempre como o prometido, em toda e qualquer hora, aquele 'estar sempre ao seu lado'... isso passa. e com o tempo, nos descobrimos auto suficientes, precisamos de nós mesmos e ninguem mais.

a vida se abre pra gente quando menos esperamos, ai percebemos que se perdemos algo, foi pra receber dela algo ainda melhor. pra descobrir um mundo o qual nao seria possivel se nao tivesse ocorrido tudo tal qual ocorreu.

no passado eu soube o que era felicidade, hoje eu conheço outra, uma só minha, de mais ninguem, que eu consegui por mim, e que me fez ver que nao importa o que aconteça, eu sempre vou conseguir.

um brinde a vida, nova, antiga, e futura!