domingo, 17 de julho de 2011

me.

Eu não sou nem de longe a mesma pessoa que era quando tinha meus 15 anos, a idade mágicaa onde as coisas acontecem ( é o que se pensa, doce inocência) . Mas era uma idade tão gostosa, tão simples e tão pura, sem maldades, eu sinto falta!
Com o tempo os problemas foram amadurecendo, e eu junto com eles, também cresci. As responsabilidades aumentaram,
as cobranças pioraram, então teve faculdade, primeiro emprego, primeiro desemprego, primeiras notas baixas e primeiras reprovações.

A vida cobra mais da gente conforme a gente cresce... e pensar que eu sonhava em ser adulta... Ai tem a primeira desilusão amorosa, eu pensei que minha vida tinha acabado, que não havia mais saída... Então eu conheci outras pessoas, muitas outras, e fiz coisas que eu recriminava, e outras que eu achei o maximo,tantas quantas eu me arrependi. Eu passei a andar com outros amigos, um grupo singular, indescritível, com cada um sendo exatamente da sua maneira, e eu sendo exatamente o que eu quiser ser.
De repente, aquela menininha dedicada, responsável, madura até demais, desaparece! E todos se perguntam o que foi que aconteceu, e todos me questionam o porquê as coisas são assim! Ai eu digo: eu não sei, EU-NÃO-SEI, EEEEEEEEEEEU NAAAAAAO SEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI!
Eu não sei exatamente onde foi que as coisas mudaram, nem o porquê, muito menos como. Mas quando eu dei por mim, tudo era o que é!
Tudo que eu sei dizer é que eu não tenho mais planos. Eu posso fazer algumas previsões, e só:
- eu vou terminar a faculdade, e nem tenho idéia do que eu possa ser depois disso, talvez eu passe num concurso. Vou ter um ou alguns namorados, até me casar... ai eu vou ter filhos, de preferência um só. Ai eu vou me divorciar, e continuar tendo um filho, porque isto é pra sempre. E depois quem sabe eu seja como essas mulheres que passam desesperadamente atrás de um grande amor, e se perguntando como as coisas teriam sido se tivesse feito diferente lá, nos seus belos 15 anos, nos conturbados 18. E se eu tivesse insistido mais pra conseguir a pessoa que eu amava? Se eu tivesse dado o melhor de mim nos meus estudos? Se eu tivesse tomado uma atitude diferente ao invés daquela? E se eu tivesse feito me escutarem até entenderem exatamente o que eu queria falar? Se eu não tivesse fumado pela primeira vez? Se eu não tivesse feito tudo tal qual eu fiz?

Eu simplesmente não consigo conviver com a idéia de as coisas não serem mais como elas eram.
Tudo o que eu me pergunto é, aonde foi que EU ME perdi?

sábado, 9 de julho de 2011

Eu vejo no espelho um corpo com algo preso dentro, tentando sair a qualquer custo. Algo que grita! Algo que quer viver em um ano dez anos. Que me faz pensar que eu só tenho aquele minuto pra fazer tudo acontecer.


Esse algo que eu não sei bem o que é, que grita por liberdade, às vezes faz parecer que eu estou vivendo a vida errada.

Sabe o que é você acordar todos os dias sem esperar nada pro dia seguinte, só pro momento? Você vive dia após dia, e parece que não viveu nada do que queria? É bem isto, bem assim...

Não sei mais como explicar!